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Campo Grande,16/03/2025

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Deputados se solidarizam com sobrinha de Corrêa e cobram mudanças na rede de proteção às vítimas


Deputados se solidarizam com sobrinha de Corrêa e cobram mudanças na rede de proteção às vítimas

A denúncia do deputado estadual Paulo Corrêa sobre a agressão sofrida por sua sobrinha, violentamente atacada pelo companheiro enquanto amamentava a filha de 8 meses, gerou forte repercussão entre os parlamentares, nesta quinta-feira (13). Deputados estaduais cobraram mudanças no sistema de proteção às vítimas, reforçando a necessidade de ações concretas para evitar novos casos de violência contra a mulher.

Além da revolta com a soltura do agressor, os parlamentares criticaram erro no atendimento prestado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). O irmão da vítima, que foi até a delegacia representá-la enquanto ela recebia atendimento médico na UPA Coronel Antonino, acabou erroneamente registrado como indiciado no inquérito no lugar do verdadeiro agressor.

“Bandido que bate em mulher não pode estar solto”x-comandante-geral da Polícia Militar, o deputado Coronel David (PL) reforçou que o agressor deveria continuar preso e cobrou providências.

“Eu aprendi com meu pai e minha mãe que em mulher não se bate. Esse cara deveria estar preso, sim. Réu primário? Muitos são réus primários e depois matam a mulher. Temos que exigir providências dos órgãos responsáveis. Bandido, criminoso e covarde que bate em mulher não pode estar solto no meio da sociedade.”

“Um cara desse tem que estar preso”

Advogado, o deputado Lídio Lopes (Sem Partido) lamentou a decisão da Justiça de soltar o agressor. “Meu pai sempre me ensinou: ‘Nunca faça com a filha de alguém o que você não quer que façam com a sua’. Um desembargador vê uma pessoa agredida e decide liberar um cidadão desses? Um cara desse tem que ficar preso. Mesmo sendo réu primário, esse sujeito tinha que estar atrás das grades.”

“Temos que dar um basta nisso”

O deputado Professor Rinaldo (Podemos) destacou que a reincidência desses crimes demonstra falhas no sistema. “Precisamos dar um basta nisso. Parece que as leis não funcionam. Parece que os caras que cometem esses crimes, quando são presos, saem e reeditam o mesmo crime. Temos que fazer com que esses indivíduos paguem pelo que fizeram.”Para João Henrique Catan (PL), o impacto da agressão vai além da vítima e afeta diretamente a filha do casal. “Esse homem não só agrediu a esposa, ele tirou todo o suporte da filha. Ele não sabe o que é cuidar de uma criança chorando de madrugada, não sabe o que é dar suporte emocional e financeiro. Ele deveria estar preso.”

Delegado aposentado, o deputado Pedro Caravina (PSDB) destacou que o combate à violência contra a mulher precisa ser uma ação conjunta. “Precisamos trabalhar muito para que isso deixe de ocorrer. Como homens e pais de família, ficamos inconformados em ver situações como essa. Precisamos unir forças para minimizar a violência contra as mulheres em Mato Grosso do Sul.”

Cobrança por medidas concretas

O deputado Pedro Kemp (PT) reforçou que as autoridades precisam agir com mais firmeza. “Acredito que tem que haver medidas mais concretas e efetivas por parte do Judiciário, da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública. Esses casos não podem se repetir. Estamos juntos nessa luta.”

Erro grave na delegacia expõe falhas no atendimento

O deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD) classificou o indiciamento errôneo do irmão da vítima, no lugar do agressor, como inaceitável. “Lamento muito que, em um momento tão grave, a família tenha sido vítima de um erro tão grotesco. O irmão da vítima foi até a delegacia para representá-la e sai de lá como se fosse o agressor? Isso demonstra a falta de preparo de quem deveria acolher e proteger. Vamos cobrar providências!”

Capacitação e vocação para atendimento às vítimasAlém da necessidade de endurecer as penas contra agressores, os deputados defenderam a qualificação dos profissionais que atuam no atendimento às vítimas de violência doméstica.

“Não basta ter uma delegacia especializada se o atendimento não é adequado. Profissionais que lidam com essas vítimas precisam estar preparados, tanto tecnicamente quanto emocionalmente, para acolher e agir com sensibilidade. Esse erro absurdo mostra que precisamos rever urgentemente essa estrutura”, concluiu Paulo Corrêa.




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