A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), falou pela primeira vez sobre seu futuro político para as eleições de 2026. Em entrevista à GloboNews, a ex-senadora afirmou que não deseja concorrer ao Senado, mas pode disputar o cargo caso seja necessário para fortalecer o Congresso Nacional.Simone também não descarta permanecer no ministério até o fim do governo caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicite.

“Se o presidente Lula disser: ‘preciso que você continue no ministério até o final’, vou continuar no ministério”, afirmou.

Por outro lado, se houver um projeto para fortalecer o Senado com partidos de centro, centro-esquerda e centro-direita, sem extremismos, ela pode reconsiderar a candidatura:

“Hoje não é o que move ou o que o coração pede, mas eu o farei”, declarou.

 Descarta candidatura ao governo estadualSimone descartou disputar o Governo de Mato Grosso do Sul em 2026, elogiando a gestão do governador Eduardo Riedel (PSDB). Segundo ela, o trabalho do tucano tem sido positivo, afastando qualquer possibilidade de concorrer ao cargo.

 Relembrando o passado: recusas no governo Bolsonaro

Durante a entrevista, a ministra relembrou momentos decisivos de sua trajetória política e afirmou que já recusou ofertas do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Ela citou que, enquanto presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), teve a chance de integrar o governo anterior, mas rejeitou todas as propostas.No segundo turno das eleições de 2022, segundo Simone, Bolsonaro lhe ofereceu dois ministérios com "porteira fechada" em troca de apoio, mas ela recusou a proposta:

“Prefiro perder do lado certo do que ganhar do lado errado. Meu discurso nunca vai ferir o meu ser”, pontuou.

 O que esperar para 2026?

Embora Simone Tebet não tenha uma decisão definitiva sobre seu futuro político, suas falas indicam que:
 Permanecer no ministério é uma possibilidade real, caso Lula faça esse pedido.
 Uma candidatura ao Senado pode ocorrer, caso seja vista como essencial para o equilíbrio político do Congresso.
 Disputar o governo estadual está fora dos planos.