Sem-terra bloqueiam BR-262 e congestionamento se forma na rodovia
Movimento Sem-Terra (MST) bloquearam totalmente, na manhã desta segunda-feira (25), o KM-492 da BR-262, entre Miranda e Anastácio, a 122 quilômetros de Campo Grande.
Dezenas de manifestantes interditaram a rodovia às 5 horas e, até o momento, segue bloqueada. A pista foi interditada por pneus, galhos de árvore, grama seca, barricada de fogo e pessoas.
Portanto, motoristas que saem de Campo Grande ou tentam chegar, via BR-262, são impedidos e têm de voltar para seu local de origem ou enfrentgar horas de fila.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há um congestionamento de cerca de 1,5 km no sentido decrescente (vindo de Miranda) e de 500 metros no crescente (saindo de Anastácio).
Policiais estão no local e tentam negociar com os manifestantes a liberação da rodovia. Os sem-terra reivindicam por reforma agrária e terra para plantar.
Confira a notga divulgada pela PRF à imprensa:
"A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registra, desde às 5h desta segunda-feira (25), uma interdição total da rodovia devido a manifestações de populares, em Anastácio (MS). No km 492 da BR-262, pessoas do Movimento Sem Terras estão manifestando, interditando totalmente a rodovia. A PRF está no local e negocia com os responsáveis a liberação da rodovia. No momento, há um congestionamento de cerca de 1,5km no sentido decrescente (vindo de Miranda) e de 500 metros no crescente (saindo de Anastácio)."
Em 16 de julho de 2024, fazenda da Suzano Celulose sofreu uma tentativa de invasão por sem-terra, em Ribas do Rio Pardo. Acampamento com aproximadamente 60 barracos de lona, em frente a fazenda, preocupou os empresários.
Em 23 de outubro de 2023, sem-terra bloquearam a BR-163, saída para São Paulo, por sete horas. Cerca de 250 manifestantes do Movimento Popular de Luta (MPL) interditaram totalmente a rodovia das 2h às 9h.
A pista foi liberada parcialmente, em meia pista, sentido Campo-Grande-São Paulo, às 8h. Uma hora depois, os dois sentidos foram liberados.
De acordo com o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva, existem 29.600 famílias assentadas e 5 mil aguardando por terras em Mato Grosso do Sul.
O último assentamento ocorreu em 2014, no município de Sidrolândia, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O assentamento estagnou quando o ex-presidente Michel Temer assumiu o poder. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), houve entregas de títulos, mas as famílias não foram assentadas.
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